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Tridente de Nova Iguaçú
Tridente de Nova Iguaçú foi realizado em Agosto de 2006 no Morro do Cruzeiro, Nova Iguaçu, vinculado ao Projeto Redes-FUNARTE (que previa uma intervenção em espaço público e uma oficina aberta à comunidade).
Fazendo uso da prática de inscrição à cal em grandes dimensões, muito utilizado na Baixada Fluminense por evangélicos, foi desenhado um tridente de 150 metros na encosta da Serra do Vulcão. A opção pelo signo visava relacionar sua forma à escultura de uma cruz localizada metros abaixo, tratada como marco católico da cidade.
A obra causou a reação da comunidade cristã de Nova Iguaçu, por ser o tridente equivocadamente associado ao mal e às religiões afro-brasileiras (amplamente discriminadas nessas áreas). Seguiu-se, então, uma série de atos da população evangélica e do prefeito Lindberg Farias, contrários a permanência da obra, resultando num ato ecumênico que reuniu centenas de padres e pastores, além do prefeito, sobre o local onde o Tridente havia sido inscrito.
A repercussão do trabalho foi acompanhada pela imprensa em uma seqüência de 4 inacreditáveis artigos dos jornais O DIA e Meia Hora disponibilizados aqui, que noticiavam a evolução da polêmica até o completo desaparecimento do trabalho depois de uma grande tempestade, tratada pelos habitantes da cidade como providência divina.
Os artigos de jornais foram integrados ao projeto, tendo já sido exibido nas mostras Vestígios de Brasilidade (cur Marcelo Campos, Inst. Santander, Recife), Flyng Down to Earth (cur. Inti Guerrero, MARCO – Vigo, Espanha e FRAC Loraine, França), Incorporations (La Centrale Életrique-Europalia, Bruxelas) e Singularidade-Anotações (cur. Paulo Myada, Paço Imperial, RJ)